Eu moro em uma Casa de Um (parte II)

Depoimentos de quem vive (ou viveu) sozinho

Juliano Bassani, analista de infraestrutura. Campo Grande, MS.

A maior dificuldade é o desapego aos dengos dos pais e a manutenção do lar. Por outro lado, não dever satisfação a ninguém, chegar e sair a hora que quiser, fazer aquela bagunça sem ninguém incomodar... é bem divertido!

Camila Simões, jornalista. Paranavaí, PR.

Moro sozinha desde o meio de 2008. São três anos e meio nessa experiência, que comecei em Campo Grande e hoje continuo vivenciando em Paranavaí. (são só três anos e meio porque em 2011 morei um semestre na casa dos meus pais em Maringá e em 2012 só voltei a ter meu canto em maio, depois de uma temporada em Curitiba na casa de parentes) 

Maior dificuldade: Não virar uma pessoa egoísta e sistemática. Imagine implicar com qualquer coisa fora do lugar! Ainda mais quando se tem vontade de um dia não mais morar sozinha...

Maior aprendizado: ser dona de casa. Sim! Mesmo que você trabalhe fora, seja homem, seja mulher, se morar sozinho vai descobrir o quanto cuidar de uma casa é trabalhoso e vai finalmente entender que deveria ter ajudado mais a mãe quando morava com ela. Até porque limpeza, compras, contas, coisas que quebram, chuvas que ultrapassam portas e janelas e vizinhos farofeiros são de deixar qualquer um maluco!

Priscila Vidal, professora universitária. São Paulo, SP.

Para mim, o mais difícil foi a adaptação. Voltei para minha cidade natal sozinha, deixando família, amigos e todo o conforto da casa dos pais de lado. É muito difícil ser dona de casa e ter controle sobre todos os gastos domésticos. Hoje, após 3 anos, posso dizer que o maior aprendizado é o valor que minha família e amigos tem. A saudade é infinita, mas é confortante contar os dias e saber que poderei revê-los em breve.

Quer mandar o seu depoimento também? Envie um email para casadeum@gmail.com com seu nome completo, profissão, onde mora e conte um pouco sobre o lado bom e o ruim de viver só! Ah, não esqueça de anexar uma foto!